19 setembro 2008

O show das "zelites" na PF

O que foi descrito pela imprensa como "tarde de tensão" na sede da Polícia Federal, em Florianópolis, ontem, na verdade foi um show e histeria. Parentes, advogados, desembargadores, juises, promotores e outros ores, se exaltavam e ensaiavam uma manifestação, desorganizada, em protesto pela prisão dos "seus". Quem esteve lá durante a tarde e presenciou as atitudes arrogantes e agressivas da malta de "doutores" ficou impressionado. Aquilo estava como papo de presidiário: somos todos inocentes. A impressão que deu é que se demorasse mais um pouco a soltura da rapaziada presa com a boca na botija pela operação Dríade, autorizada pela Justiça Federal, surgiriam faixas, apitos e todos sairiam beira-mar afora cantando "Caminhando e cantando...". Hilário! Quem foi preso não estava na jaula de graça. Esta operação, autorizada pela Justiça Fedral, tem fortes argumentos e provas de que esta gente estava cometendo crimes ambientais, de corrupção, formação de quadrilha e outros mais. Todos têm direito de defesa. Mas não venham com gritos histéricos de "meu filho, saia daqui de cabeça erguida, pois você é inocente". A jaula humilha qualquer um. É difícil sair de cabeça erguida, ainda mais quando se é preso em flagrante por crimes apurados pelo Ministério Público Federal. Acho que esse pessoal aí deve fazer parte das "zelites". Tudo podem, tudo fazem. Estão com convite garantido para a comilança de desagravo que provalmente o governador Luiz Henrique oferecerá, agora, para mais personagens enjaulados pela PF. Sou mais o Daniel Dantas. Não fica dando fiasco em público. Como bom cabrito não berra, ele vai direto a deus. De uma agente federal ontem, frente às cenas de revolta do pessoal: "Que meda"!

Um comentário:

  1. É, Canga, isso é palhaçada.
    Em defesa daqueles que se acham intocáveis, começam falar em "estado policialesco". Os crimes ambientais são graves e a legislação é dura.
    Mas parece que prevalece a idéia do governador: isso é pirotecnia. E teremos mais um jantar de desegravo, em área pública (residência oficial) mantida com dinheiro público. Gesto que afronta a lei, desdenha da polícia e no mínimo moralmente é ilegal.

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