LHS instaura estado policialesco contra professores

O governador Luiz Henrique da Silveira não nega seu passado de agente do DOPS, órgão de repressão política da ditadura militar. LHS sempre se mostrou avesso à críticas e reagiu com autoritarismo na mairia das vezes. Foi assim com vários profissionais de imprensa a quem processou na famigerada Lei de Imprensa.
Foi denunciado, esta semana, pelo deputado Joares Ponticelli (PP) por se portar de forma autoritária e ameaçadora contra os professores. Luiz Henrique sempre coloca a tropa de choque na frente dos negociadores. Intimida. Tratora.
Leio agora na coluna do Moacir Pereira que em relatório emitido pelo comando de greve dos professores de SC está a denúncia de "um estado policialesco" em várias regiões de Santa Catarina.

Revela o Moa: "O caso mais grave ocorreu em Brusque, onde dois policiais militares entraram na casa do professor Agenor Real, coordenador regional do sindicato. Durante 10 minutos, fizeram um interrogatório com a esposa Sandra, que, em estado de choque pela ausência do marido, que se encontrava em Florianópolis, apegou-se no consolo de duas filhas menores, uma de nove anos e outra de oito meses. Só queriam saber das "atividades políticas" do marido.
Policiais militares estiveram, também, nas escolas de Criciúma, Blumenau, Jaraguá do Sul e Brusque. Para quê? Em Chapecó, segundo o mesmo documento sindical, a PM ocupou o Colégio Bom Pastor. Por quê? Em Balneário Camboriú, "policiais à paisana documentam a movimentação dos professores com usos de máquinas fotográficas".