01 novembro 2008
Cuba livre!
Reproduzo aqui (a tradução livre é minha) texto da cubana Yoanis Sánchez criadora do blog Generación Y um dos mais lidos no mundo - recebe de 8 a 10 milhões de visitas por semana. Filóloga, Yoanis mora em Havana e mantém o seu blog com críticas às restrições impostas pelo governo ao povo cubano.
Saio na rua e o que mais salta à vista são as contínuas restrições que nossos governantes nos impõem; esse muro contra o qual ninguém votará hoje na ONU.
"Mãos que saem de ternos bem talhados apertam hoje na ONU o botãozinho vermelho, verde ou amarelo para posicionar-se sobre o bloqueio/embargo*. Nas últimas semanas, a televisão nos apresenta o repertório completo de cifras, testemunhos e análises sobre os estragos e as restrições comerciais que afetam Cuba. O tema foi tão manipulado pelos políticos que, daqui de baixo, muitos de nós temos optado por “colocar em off” ou apagarle el tabaco.
Ao prever o resultado das votações, gostaria de me remeter a outro assunto, ao de cada dia. Esse que impede que eu possa entrar e sair livremente do meu país, que me associe a um grupo político ou crie uma pequena empresa familiar. Um bloqueio interno, construido à base de limitações, controle e censura, que tem custado aos cubanos grandes perdas materiais e espirituais. Tento deixar levar-me pelo Gramna - tenho que fazer um grande esforço – e tento encontrar um protagonimo para isso que se debate hoje nas Nações Unidas.
Saio na rua e o que mais salta à vista são as contínuas restrições que nossos governantes nos impõem; esse muro contra o qual ninguém votará hoje na ONU. Se nos deixassem apertar esse botão! Se pudéssemos votar para sacudirmos o cerco que nos bloqueia no interior da Ilha! Eu deixaria meu dedo sobre o botão da cor verde durante vários dias"!
*Me nego a chamar de algumas das formas apelidadas. Em minhas conversas cotidianas eu digo simplesmente “o pretexto”, a torpe “justificativa” que cai tão bem aos que nos bloqueiam aqui dentro
CBN censura nota de sindicato
"A Rádio CBN interrompeu, na tarde desta sexta-feira (31/10), a veiculação de um comunicado do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e de outras entidades ligadas a federações estaduais e ao Santander Banespa. No comunicado, o sindicato acusa o presidente mundial do banco Santander, Emílio Botín, de promover demissões, devido à compra do banco Real pelo Santander, que mantém o controle acionário do Banespa. Diz ainda que Botín apóia o piloto inglês Lewis Hamilton, em vez de pilotos brasileiros". Do site Comunique-se. Beba na fonte.
OS VIKINGS TAMBÉM AMAM
Para Charlie Anderson
por Olsen Jr.
Ele me ligou para saber onde eu andava e se podia me encontrar. Respondi que iria para casa em alguns minutos e que o esperaria. Para surpresa minha, quando cheguei ele já estava manobrando o seu carro no estacionamento em frente, quer dizer, tinha chegado antes de mim. Tal constatação era, no mínimo, curiosa, indicativo de que precisava, realmente, de conversar comigo, mas na hora não juntei uma coisa com a outra.
Beijei-lhe o rosto, como sempre fazemos, e subimos para casa. Ofereci um café ou um chá com bolachas de gergelim, nada engordante, porque respeitava o seu empenho em perder peso, e também precisava mostrar boa vontade com o meu próprio. A namorada dele aprovou a medida. Formavam um belo casal, jovem e cheio de idéias, o mais importante, com disposição para executá-las.
Percebi certa inquietação dele. Foi até o computador verificar algo e voltou em seguida, parecia contrariado, não perguntei no que ele estava interessado, e também o que o estava incomodando, penso nisso agora, só depois que ele saiu, aliás, só me detive em pensar nisso, à noite.
Dei a maior força quando eles comentaram o desejo de alugar um apartamento próximo do local onde trabalhavam. Era um estresse a menos, ter de sair mais cedo de casa para evitar todos os dias o trânsito, algo louvável, além de mais econômico, afinal era pelo menos 70 km a menos no dia-a-dia.
As pessoas irrequietas acabam contagiando o ambiente, culminamos absorvendo aquele desconforto como se fosse nosso, de repente, também comecei a me incomodar, afinal tudo estava muito transparente, mas ele não dizia nada e também não perguntei coisa alguma, vejo agora que me comportei como um cretino, afinal, não era demais mostrar um interesse pelo que o afligia, enfim, éramos suficientemente amigos para que tal investida não parecesse intromissão ou curiosidade indevida em algo que poderia não ser da minha conta.
Bebemos o chá com aquelas bolachas e conversamos sobre amenidades, futebol, a presença do “Queen” no Brasil, os cuidados para se tomar no caso de ir até São Paulo para assistir ao show já anunciado... Mas a inquietação, embora estivesse controlada, ainda era visível.
Curioso é que só tenha pensado nisso depois que eles saíram. Não posso nem atribuir a esta minha timidez crônica a iniciativa de ter conversado com mais vontade, interesse, perspicácia, compreensão, maturidade, como alguém, afinal de contas, que deveria estar ali pronto para, entre outras coisas, ouvir qualquer aflição partindo dele(s), era uma obrigação, reflito agora.
Enquanto estou meditando no que deveria ter dito e não disse, no que deveria ter feito e não fiz, assoberbado por uma consciência que me cobra uma atitude, ainda que tardia, sem importância, talvez até inútil, tomo a iniciativa de balançar esta inércia, de chacoalhar esta modorra impertinente que obscurece o óbvio; deste comportamento criminoso que desconhece as evidências de quaisquer tentativas de aproximação; deste desconforto que gera um escudo invisível incapaz de ser penetrado pelas pessoas que nos amam; que esperam alguma coisa de nós, que nos vêm como referência, como exemplo, que nos aguardam com uma atitude de serenidade, mas não de indiferença; de liderança, mas não de despotismo; de compreensão, mas não de piedade; de um afeto que não seja piegas de um envolvimento que seja apenas humano, de homem para homem, se preferirem, com a devoção que os laços sanguíneos perdoam e redimem, assim, penso, estou de peito aberto, fazendo voltas para dizer simplesmente que amo vocês, e você guri, ainda mais, porque dentro desta mesma solidão que abraçamos, é quando nos entendemos, meu filho!
(texto publicado originalmente no jornal "A Notícia", suplemento cultural "Anexo", pg. 03, Joinville (S) em 31/10/08)
Por engano, governo "ensina" a fazer caipirinha no Diário Oficial
31 outubro 2008
O Figueirense apagou!
"Apagão para deixar meia cidade às escuras durante três dias, apagão moral, apagão ético, apagão técnico no time do Figueirense, tudo isso o morador de Florianópolis já viu. Faltava o apagão mental que acometeu um engenheiro da Celesc na explicação que deu para a falta de luz no Orlando Scarpelli. Leia cometário completo". Beba na fonte.
30 outubro 2008
Raça não existe. Existe?
"Ano passado, ao comentar o episódio de dois gêmeos idênticos que foram considerados como branco e negro pelo sistema de cotas, a revista Veja rendeu-se vilmente ao politicamente correto e titulou com gosto na capa:
É mais uma prova de que RAÇA NÃO EXISTE
Se raça não existe – comentei na época - vamos então parar de falar em dálmatas, buldogs, bassets, beagles, dobermanns, filas, chihuahuas, chowchows, cockers, malteses, pequineses, pitbulls, poodles, yorkshires, São Bernardos, rottweilers. Nem nas mais de 400 raças caninas". Beba na fonte.
Notícias de guerra
"Canga
N.E. Em breve disponibilizarei o documentário no cangablog. Aguardem.
Renan, o meliante, quer voltar
"A frase é do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ): "Renan quer voltar às páginas de política. Mas ele deveria ficar mais um tempo nas páginas policiais". Sozinho, Renan Calheiros (PMDB-AL) não teria força para aspirar ao lugar de líder do seu partido no Senado, impedir a eleição para presidente do Senado de Tião Viana (PT-AC) e, de quebra, atrapalhar o acordo firmado pelo PT e o PMDB para eleger Michel Temer (PMDB-SP) presidente da Câmara dos Deputados". Beba na fonte.
Jornal Impacto denuncia fraude da RIC TV
29 outubro 2008
Apagão: sou espírito de luz!
29 de outubro de 2003
Já era o segundo dia do apagão em Florianópolis. Mesmo à luz de velas, a noite tinha sido “comprida”. Fiquei até tarde em um bar na Lagoa. Com o apagão, Floripa parecia o fim do mundo e aí resolvemos beber até...o fim.
Cheguei em casa com uma dor forte no lado direito da barriga. Tentei dormir e não consegui. O dia clareou e a luz não vinha. Começamos a acompanhar o caos da cidade pelo radinho. Era carro boiando nas garagens da beira mar. Sem sinaleiras o trânsito ficou insuportável. Polícia? Como chamar, nada funcionava. A dor aumentava. Buscopan já não fazia efeito.Lá pelas 4 da tarde resolvi:
- Vou para o hospital!
Mas que hospital? Só no Estreito onde ainda tinha eletricidade e assim mesmo entupidos de gente. O Hospital Universitário era uma alternativa. Devia ter um plantão de emergência, pensei. Mesmo não acreditando muito me dirigi ao HU. Chegando lá estava tudo vazio. A “clientela” se mandou tudo pros hospitais do Estreito. Me dei bem!
Fui atendido imediatamente. Um sextanista me examinou e logo chamou o médico de plantão. Mais um exame rápido e ele mandou prepara a sala de cirurgia.
- Apendicite aguda!
No quarto andar tinha um gerador de eletricidade cedido ao HU pela RBS. Me deram um avental, aqueles de bunda de fora, umas pantufas e uma touca branca pra cabeça. Quando saio da sala, todo fantasiado, já me esperavam um médico e três enfermeiros. Todos de branco e com máscaras. Imediatamente me colocaram um soro no braço e apontaram para um corredor escuro, é claro, e disseram vamos!
- Como assim? Pra onde? Tá tudo escuro!
Uma enfermeira rapidamente me alcançou um vela acesa que transportei na frente daquele séquito pra lá de estranho. Eu não sabia, mas no soro já tinha uma droguinha prá amaciar a carne e a cabeça.
Dias antes, havia visto uma entrevista na Ana Maria Braga com um senhor espírita Cardecista que seria o substituto do Chico Xavier. Não sou dado às crenças mas ouço espíritas. Lá no meio da entrevista o amigo falou que os espíritos de pouca luz, atrasados demoram muito a desencarnar. Ou seja, morrem e não percebem. Ficam sofrendo por aqui. Os espíritos iluminados, esses sim, sobem rapidamente. Encontram os enfermeiros do universo, todos de branco, que encaminham eles para os “canais competentes”. Achei interessante a estória.
Quando começamos a subir as escadas do HU em direção ao quarto andar, lá pelo segundo eu olhei ao redor revi a cena, todos de branco e eu com uma vela na mão, exclamei na hora:
- Eu morri!!!!
Todos riram e eu rapidamente me recompus e, com uma ponta de alegria, lasquei:
- Morri mas sou um espírito de luz. Já me dei conta!
Fui perceber que estava vivo lá pelas nove da noite quando abri os olhos e meus filhos e minha mulher estavam na minha volta, já no quarto do hospital. Que apagão!!!!
Você imagina esta cena?
"Prevalecendo o entendimento na tríplice aliança, obrigatoriamente PT e PP vão ter que buscar um acordo ainda no primeiro turno, sob pena de serem atropelados mais uma vez por peemedebistas, tucanos e liberais. Apesar da contrariedade dos pepistas pelo comportamento dos petistas no segundo turno de Florianópolis, Ideli Salvatti e Ângela Amin poderiam formar uma dobradinha feminina, com a senadora para o governo e a deputada para o Senado".
Propaganda de cerveja vai pagar tratamento de alcoolismo
TJ condena jornal por dano moral em Brusque
28 outubro 2008
Blog censurado volta a ativa
Este blogueiro voltou a escrever sobre o prefeito reeleito de Florianópolis, sem com isso desobedecer o Tribunal Regional Eleitoral, que proibiu qualquer referência negativa ao alcaide até o dia 26 de outubro! E hoje é 27. Três assuntos merecem a atenção do leitor, sendo que nenhum deles foi tratado pela imprensa catarina, porque ela não é livre, nem independente. O primeiro diz respeito ao emaranhado de empresas controladas pela família Berger e os milhões que elas abocanham do contribuinte barriga-verde.Leia matéria completa do apolíticacomoelaé. Beba na fonte.
Cantando nos Açores
Paulo Carlesso
A Associação Coral de Florianópolis, fundada em 1960, estve em Portugal para comemorar os 260 anos da emigração açoriana para Florianópolis (Santa Catarina, Brasil), com um concerto de homenagem aos grandes clássicos da música popular brasileira. Constituída por cerca de cinquenta cantores, interpretando um vasto repertório de música erudita, popular, folclore, religiosa e lírica, já atuou em concertos corais - sinfónicos dirigidos pelos mais prestigiosos maestros brasileiros.
Cai circulação de jornais nos EUA
FICANDO VELHA...
(Oração de uma Madre Superiora)
Senhor, Você sabe melhor do que eu mesma que eu estou envelhecendo, e estarei velha algum dia.
Mantenha-me longe de ser falastrona, e particularmente do hábito fatal de pensar que devo dizer algo sobre todo assunto e em toda ocasião.
Livre-me de ser azeda e de tentar me envolver com os problemas de todos.
Mantenha minha mente livre de enunciar até os mínimos detalhes – dê-me asas para ir diretamente ao que interessa.
Peço pela Graça para ouvir as histórias das dores dos outros. Ajude-me a suportá-las com paciência.
Mas sela meus lábios sobre as minhas dores e sofrimentos – elas estão aumentando, e meu prazer em repeti-las vem abrandando com o passar dos anos.
Ensina-me a gloriosa lição de que ocasionalmente seja possível que eu esteja enganada.
Mantenha-me razoavelmente doce; eu não quero ser uma santa – algumas delas são tão difíceis de conviver – mas uma velha amarga é um dos grandes triunfos do demônio.
Faça-me pensativa, mas não rabugenta; atenciosa, mas sem sermões. Com meu grande acervo de sabedoria parece uma pena não usá-lo todo, mas Você sabe, Senhor, que eu quero alguns amigos quando chegar ao fim.
(Encontrado na Lady Chapel, na Catedral de Rochester, na Inglaterra)
27 outubro 2008
Recebi do meu amigo Dario de Almeida Prado Jr. o cometário abaixo sobre a "tia" Urilda, esposa do Soares da Kibelândia. A "tia" é uma pessoa de uma vitalidade e de alegria incríveis. Um fantástico gosto pela vida, a foto mostra.
"Encontrei a tia Urilda na sétima SEPEX da UFSC. Cantando! Visitando a feira de conhecimentos, segui uma linda canção entoada por muitas vozes e me deparei com o coral da NETI. A "tia" numa felicidade só, me brindou, entre outras, com "Carinhoso". Fiquei emocionado".
26 outubro 2008
Notícias do front
O jornalista e historiador Celso Martins está disponibilizando na internet os resultados das pesquisas sobre a participação de José Fabrício da Neves e outros personagens no Contestado, especialmente o combate de 22 de outubro de 1912 no Irani. Clique aqui e veja: http://fragmentos-do-tempo.
Parabéns e bons negócios!
José Mindlin: o repórter da crise de 1929
Fantástica entrevista de José Mindlin sobre a mais famosa crise econômica dos tempos modernos: a quebra da bolsa de valores de Nova Iorque. Mindlin era um jovem repórter do Estadão na época e cobriu, nos Estados Unidos, a grande catástrofe do capitalismo. A entrevista em vídeo é imperdível pela clareza de pensamento, lembranças e análises de um homem com 94 anos. Beba na fonte.
Diminui pouca vergonha no senado
O senador campeão de nepotismo era Efraim Morais (DEM-PB), que teve de demitir uma filha, cinco sobrinhos e um cunhado. O diretor de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi, também tinha sete parentes em postos de confiança: a mulher, três filhas, um irmão, uma cunhada e uma ex-nora. (do Alerta Total)