09 setembro 2008

A polícia e a extorsão

Escutei a entrevista que o diretor geral de polícia, Maurício Eskudlark, deu para a CBN sobre o caso do delegado Antonio Peixoto. É inacreditável o que a gente escuta. Depois de ser informado pelo jornalista Mário Mota que o delegado José Antônio Peixoto, suspeito de tentar extorquir um empresário e cônsul honorário do Marrocos em Santa Catarina, está internado no Hospital Santa Catarina, em Blumenau, Eskudlark finalmente admitiu saber do paredeiro do criminoso. Em entrevista anterior para a TV, o diretor geral da polícia disse que o delegado acusado estava em São Paulo, participando da transferência de um preso. Tudo balela. Todos sabiam onde ele estava, no entanto mentiam para a população nos meios de comunicação. O delegado José Antônio Peixoto, há dois anos mandava cartas e telefonava para o consul, seu amigo, pedindo 2 milhões de dólares, sob pena de matar o seu filho e a sua família. Caso de extorsão grave com ameças de morte. A polícia descobriu o autor das ameaças, um homem de seus quadros, e fez o possível, até agora, para protegê-lo, num caso descarado de corporativismo, mesmo se tratando de um crime extremamente grave.
Quando foi para armar o caso de extorsão contra o empresário Nei Silva - que está denunciando Luiz Henrique da Silveira por falcatruas com a revista Metrópole - a polícia agiu rápido e rasteiro. No caso do delegado criminoso até ontem nem o paradeiro dele sabiam. Nem a sua prisão preventiva foi pedida. Ainda vem o diretor de polícia dizer no rádio que ele chorou muito quando confessou o crime. Quem chora é a população com este tipo de polícia que temos. Parece que o diretor de polícia nem estava no país quando os fatos aconteceram. Não sabia de nada.

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