Visitando o Cesar Valente encontrei um link para o blog do Nei Duclós onde foi publicada a foto acima. A foto é histórica e mostra a primeira equipe de jornalistas do Jornal de Santa Satarina em Blumenau. Essa rapaziada aí saiu de Porto Alegre para fazer o Santa em uma época que jornal se fazia com competência e tesão.
Me liguei na foto pela presença do lendário Gaguinho (José Antonio Ribeiro) à direita (na foto) logo atrás do Mário Medaglia que ponteia a turma. Conterrâneo de Quaraí (RS), Gaguinho era de uma geração anterior a minha, amigo dos meus irmãos mais velhos. Muitas noites acordei com as suas serenatas dedicadas a minha irmã. Era uma figura fantástica, alegre, divertido, inteligente e companheiro. Depois de anos encontrei o Gago na Zero Hora em Porto Alegre. Eram anos duros ainda e estávamos eu, Nelson Rolim e Jurandir Camargo "campeando" uma gráfica para imprimir o jornal Afinal que em SC não tinha jeito devido à perseguição. Lembrei do Gago e fomos até a ZH e conseguimos, com a sua intervenção, imprimir na casa dos Sirotsky mesmo.
Quando estive no Uruguai (80/93), foi visitar-me duas vêzes. Fizemos grandes festas. Com o Gago não tinha café pequeno. Era festa das boas.
Depois disso voltamos a nos encontrar em 1986 quando veio para Florianópolis como sub-editor chefe do Armando Burd no recém criado Diário Catarinense. Vinha de São Paulo, recém saído do Estadão. Me convidou para trabalhar e lá fui eu mais uma vez tentar ser empregado de alguém. Mantivemos uma amizade cotidiana durante esses anos até que, depois de ganhar na Loteria Esportiva, exatamente uma ano, o Gago nos deixou. Morreu de tudo.
Enterrei o amigo e cinco anos depois desenterrei cumprindo uma promessa que havia feito para a sua mãe, Lelinha. Saímos eu e o seu irmão Leonardo, por todos os bares da cidade "bebendo" o amigo na caixa. Kibelândia foi a primeira parada, depois o Ressaka e daí em diante perdemos a ordem das coisas e outras coisas mais. A caixa ía para Quaraí.
Mas aí a história é outra e conto outro dia.
Vale a pena visitar o blog do Nei Duclós, Outubro, e ler a matéria sobre a foto.
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Vale a pena ler este teu texto, Sérgio. Perdi a pista do Gaguinho depois dos fogos homéricos que tomamos em Blumenau, entre todos aqueles fechamento antológicos. Agora fico sabendo de alguns detalhes fundamentais, dessa tua homenagem a ele, a fidelidade ao amigo . Fiquei emocionado demais com teu depoimento, Canga. Porra, vai me fazer chorar numa tarde dessas, um verão desses? Grande abraço.
ResponderExcluirQuem é você, amigo? Este teu comentário é de 2009.
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