
Convivi durante um tempo com o Eloy. Primeiro nos encontros diurnos e noturnos do Bar Roma que acolhia, no final dos anos 70 e início dos 80, grande parte da esquerda festiva da cidade. Mais tarde trabalhamos juntos na redação do O Estado e finalmente nos juntamos em um projeto alternativo que foi o Jornal Afinal em 1980. Inteligente e instigante, Eloy era bem nascido. Da família Gallotti de Tijucas. Durante o período em que militamos no Afinal tivemos várias divergências em relação a linha editorial do jornal. Ele defendendo uma linha mais porno política e eu (por incrível que pareça) uma linha mais moderada pois, afinal, tínhamos na igreja católica uma aliada para a distribuição do perseguido jornal.
Nas discussões eu sempre estava em desvantagem devido ao tremendo conhecimento de história, experiência política e a inteligência atilada do Eloy. Mesmo assim nos degladiávamos em discussões intermináveis noite e garrafas a dentro. Eu acabava levando alguma vantagem: aprendia muito e rapidamente com ele. Era um sedutor da palavra. Foi um bom parceiro.
Foto do acervo do Celso Martins tirada em uma das noitadas do Roma.
Grande Eloy e grande lembrança.
ResponderExcluirAbraço.
Tive a oportunidade de trabalhar com ele na assessoria do dep. Manoel Vitor Cavalcanti.
ResponderExcluirLembro-me bem do presente que ele deu ao filho do deputado certa vez: um livro grande e
ilustrado.
Fiquei surpreso, pois as crianças de hoje não gostam muito desse tipo de presente.