Não sou "petralha" e nem esse tipo de judeu que vive do "eterno" holocausto. Sem dúvida os crimes contra a humanidade devem ser lembrados e jamais negados. Mas dizer que no Brasil não houve ditadura é de uma hipocrisia atroz. Conheci todas as ditaduras militares do chamado Cone Sul. Militei politicamente cruzando fronteiras entre Uruguai, Argentina, Chile, Paraguai e Brasil. Nunca defendi a "ditadura do proletariado" e nem qualquer outra
ditaporra. Sou libertário. Lutei contra as ditaduras, contra a supressão das liberdades, contra a tortura e a perseguição. Auxiliei muitas pessoas na fuga de seus países dominados por tarados fardados. Um exemplo é o ex-militante tupamaro Nano Ayala que, através do Alto Comissariado da ONU, o enviamos, eu e o jornalista Jurandir Camargo, para a Suíça. Para tirá-lo do Uruguai em segredo e levá-lo até Porto Alegre foi um parto. A estreita colaboração entre os milicos do Cone Sul tornava a nossa empreitada muito perigosa. Isso não era "mole". Talvez para quem tenha sofrido apenas algumas censuras em seus textos jornalísticos a ditadura não tenha sido tão dura assim como foi para milhares de brasileiros que tiveram seus corpos dilacerados na tortura, parentes presos e desaparecidos e todas as suas liberdades civis suprimidas. Nào faço parte da turma dos "petralhas" e muito menos da turma dos bundões que quando deviam se manifestar calaram e hoje se manifestam tentando distorcer a história. Sobre esta polêmica com a Folha de ter chamado a ditadura brasileira de "ditabranda" acho que tem muito esquerdista fundamentalista se manifestando furioso e se aproveitando do assunto, mas isso não tira a potencialidade da repressão, da peseguição e de tudo aquilo que define realmente uma ditadura.
Leia artigo do jornalista Mino Carta sobre o assunto:
Após um mês de silêncio, a “ditabranda” da Folha de S. Paulo levou Mino Carta a reativar sua Olivetti e voltar a escrever. Em artigo publicado nesta quinta-feira (05/03) no site da Carta, sob o título “Da ditadura à democracia sem povo”, o jornalista fala sobre o neologismo do diário paulista e amplia a crítica para os “jornalões” que, em seus editoriais, “invocaram a intervenção militar contra a subversão em marcha”.
“Agora a Folha de S.Paulo ofende consciências ao criar um novo vocábulo: ditabranda. Poderia dizer ditamole, soaria melhor aos meus ouvidos. Não sei quais foram os argumentos do editorial, que não li a bem do meu fígado. (...) O que a mim surpreende e acabrunha não é um editorial da Folha. Aos meus ouvidos soa normal, corriqueiro, natural. Não difere, na essência, de outros editoriais dos jornalões. Quem sabe, seja mais sincero, ou menos hipócrita”, diz em seu artigo. Leia mais. Beba na fonte.
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