Incompetência é marca de indicação política

Na maioria das vezes os apadrinhados políticos indicados
são incompetentes para gerenciar cargos
que exigem conhecimento técnico

Esse é o caso do ex-deputado Haroldo Lima, indicado politicamente para diretor-geral a ANP (Agência Nacional de Petróleo). O cara deu uma declaração sobre a descoberta de um megacampo de petróleo e as ações da Petrobrás dispararam no mercado. O mercado de ações se agitou, a bolsa de valores gritou, a Comissão de Valores Mobiliários ameaçou, os especuladores adoraram e a mídia se escandalizou...enfim, foi aquela histeria.
Só que o ex-deputado falou sobre um assunto já publicado, há mais de um ano, em revistas especializadas do Brasil e do exterior. Frente às acusações de que estaria favorecendo especuladores com as declarações, Haroldo Lima afirmou que nem sabe onde fica a Bolsa de Valores.
Acredito que nem saiba mesmo. O que fez foi praticar a sua incompetência inerente às indicações políticas. Haroldo Lima, salvo melhor juízo, é apenas incompetente. Não percebe a importância do cargo que exerce e fala o que não deve.
Li ontem no DC que a nova presidente da Fundação Catarinense de Cultura (FCC), Anita Pires, declarou que aceitava o cargo para qual foi indicada pelo governador Luiz Henrique, mas que não era espertise no assunto. Taí mais uma prova da indicação política. Mas se não for esperta agora, vai ficar mais adiante. Tudo se aprende na vida.