24 abril 2008
A fé é mais pesada que o ar
Do padre Aderli de Carli, desaparecido desde domingo, dia 20, só se tem notícias dos balões que o arrastaram para uma tempestade no mar. Esse caso me fez lembrar de um jogo de perguntas e respostas que meu pai me presenteou quando eu era pequeno (lá em Quaraí). Lá estava: Quem foi o Padre Voador? Bartolomeu Lourenço de Gusmão. Nunca mais esqueceria esse nome. Hoje, vendo toda esta mobilização para encontrar o padre Aderli, tento encontrar alguma semelhança entre os dois. As únicas que achei é que os dois eram padres e gostavam de voar. Fora isso só existem diferenças. Bartolomeu Gusmão, brasileiro de Santos, foi um homem dedicado à ciência. Estudioso de física e matemática na universidade Coimbra, Portugal, após outras invenções, impressionou a Coroa portuguesa ao fazer subir, a 4 metros de altura, um pequeno balão de papel pardo grosso, cheio de ar quente, produzido por fogo em uma tijela de barro.
Já o nosso "padre voador" era um homem movido pela fé. Quando já estava nas alturas, a caminho da tragédia, telefonou perguntando como funcionava o GPS. Era a crônica de uma tragédia anunciada. Como faziam os católicos durante a Inquisição, negou a ciência. Preferiu a fé.
Difícil entender isso hoje em dia.
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Canga, o padre era um tremendo de um vaidoso (só esqueceu que a vaidade é pecado capital). Veja só o que diz esta matéria publicada anteontem pelo UOL: http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/04/22/ult23u1981.jhtm
ResponderExcluirAbraços,
Marcelo Santos