O que foi mais duro durante seu cativeiro?
O mais duro? Tudo, mas se for preciso enumerar, eu diria que as correntes. Estar dormindo e acordar de um momento para o outro com as correntes. Isso faz a gente se sentir miserável. E ser tratada pior do que um cão. Isso é muito duro.
O que mais recorda desses momentos?
As marchas. Era terrível ter de marchar com a roupa úmida, caminhar sob maus-tratos permanentes, com animais à espreita, numa escuridão total e, na maioria do tempo, sob a chuva. O outro era a recusa de nos darem remédios. Eu adoeci de coisas simples, coisas que um tratamento simples poderia combater: diarréia, vômito, úlcera. Mas a guerrilha não queria me ajudar e foi por esse descaso que, em vários momentos, fiquei em estado grave. E a gente não se dá conta disso. Eu descobria a gravidade do meu estado no olhar de meus companheiros. Leia entrevista completa no Estadão. Beba na fonte.
06 julho 2008
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