10 julho 2008

O show do Nei Silva

Foto: Jerônimo Rubim
Entrevista exclusiva de Nei Silva para o Cangablog com a participação de Cesar Valente. A entrevista, gravada em vídeo, será colocado no Canga(vídeo)blog e no De Olho na Capital a partir desta sexta-feira. O Nei abriu o coraçãozinho e contou tudo...ou quase tudo.

Foto: Cibils Fotojornalismo

A "coletiva" de Nei Silva, acontecida terça-feira, na Assembléia Legislativa foi bastante concorrida. Presentes representantes de rádios, TVs, blogs e jornais além de deputados das bancada do PP, PT e PV anfitriões do acontecimento. A chegada de Nei Silva à Assembléia Legislativa teve cenas de filme americano. Assédio de fotógrafos, cinegrafistas, radialistas com seus gravadores e presentes fotografando com telefones celulares. Nei Silva não acrescentou muita coisa além do que está escrito no livro A descentralização no Banco dos Réus e nas informações que deu em entrevista exclusiva na redação do cangablog que começa a ser divulgada em vídeo a partir de sexta-feira. Mas ouvi-lo de viva voz foi interessante. Nei mostra calma e segurança. Está treinado. Os detalhes, os nomes e os sobrenomes dos portagonistas da "ópera bufa" fizeram a alegria de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas presentes. O governo se mantém em silêncio e acuado. Convidados a participar do debate, representantes do governistas sumiram. O único peemedebista a aparecer foi o deputado Édison Andrino, que diga-se de passagem, não é governista. Mantém posição independente em relação ao governo que o perseguiu e alijou de qualquer processo político.

Foto: Cibils Fotojornalismo

Almoço da bancada do PMDB
No almoço de bancada do PMDB, terça-feira, o nervosismo era geral. Deputados esbravejavam e se perguntavam se não haveria maneira de estancar a sangria. Embora afirme que "tudo não passa de intrumento eleitoral", no dia do depoimento de Nei Silva, o líder Herneus de Nadal teve que socorrer-se de medicamento para acalmar os nervos. A prova de que o governo está acuado é que parte para a ofensiva tentando desqualificar quem o acusa. Rebater as acusações jamais. A liberação de gravações (legais, com autorização judicial ?) de conversa entre Nei Silva e o advogado do PP, Gley Sagás, é a prova da tensão do governo. Aliás, sempre que agiu sob pressão, o governo só fez crescer ainda mais o escândalo. Os "planos" engendrados pelos aspones governamentais acabam sendo tiro-no-pé. A prisão com flagrante forjado de Nei Silva é uma prova disso. A partir daí a "grande" imprensa (RBS), atropelada pelos blogs, começou a noticiar o escândalo que não parou mais de crescer.

Sindrome de Estocolmo
Nei Silva afirmou que a presença do delegado do Deic, Renato Hendges, não o constrangia. Pelo contrário "fui muito bem tratado pelo Renato e até fizemos amizade", afirmou Nei. Um dos momentos mais "emocionantes" da reunião foi a participação do delegado Renatão. Após a grave denúncia de que Renatão havia colocado seu nome sobre o carimbo com o nome do secretário Ivo Carminati (conhecido como inspetor Closeau, aquele do filme A Pantera Cor-de-rosa) Renatão pediu a palavra e, se dizendo nervoso, confessou que havia colocado o seu nome no documento usado no momento da prisão de Nei. Renatão, dizendo ser apartidário e profissional deu uma definição intreressante para a lambança entre a revista Metrópole e o governo do estado: “Parece aquela história do sujeito que quer receber dívida do jogo do bicho na Justiça”. O deputado Joares Ponticelli aproveitou o gancho e afirmou que banqueiro de bicho paga o prêmio e que no caso o caloteiro era o governo.

Escândalo com vida própria
Bem, agora é aguardar os próximos passos do escândalo que, pelo jeito, virou gente grande e anda sozinho. Os partidos PP, PT e PV agora querem convidar a ex-funcionária da revista Metrópole, Márgara Haddlich, para comparecer no plenarinho e, a exemplo de Nei Silva, abrir seu coraçãozinho e maravilhar os presentes com detalhes bem esclarecedores das relação incestuosa do governo com a Metrópole. Expectativa no ar. Márgara foi quem manteve contato mais assíduo e próximo com o governador Luiz Henrique da Silveira durante o período em que as relações entre governo e Metrópole eram "só alegria". Segundo relatou ao jornalista Cesar Valente, Márgara tem e-mails e provas das relações comerciais entre o governo e a revista. Coisa que ainda não apareceu e que desperta curiosidade geral.

Investigação no Ministério Público
Além da enxurrada de informações que diarimente são veiculadas na imprensa agora o Ministério Público Estadual também está investigando as denúncias contidas no livro A Descentralização no Banco dos Réus, do empresário Nei Silva. O Grupo Especial de Apoio ao Gabinete do Procurador Geral de Justiça (Geap), com três procuradores, está investigando as informações sobre os fatos ali narrados pelo dono da revista Metrópole. Duas representações são examinadas. Uma impetrada pelo Partido Progressista e outra enviada pelo juiz Leopoldo Bruggmann, em cuja vara tramita o processo criminal contra Nei Silva por suposta extorsão.

Um comentário:

  1. O Nei perdeu o prazo. Tivesse se candidatado a qualquer coisa, levaria. Cara de pau não lhe falta...

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