O agora escurraçado Paulo Fernando da Costa Lacerda, diretor afastado da Agência Brasileira de Inteligência, não é profissional de se jogar fora. Embora indicado de Romeu Tuma (PTB-SP) e de ter sido acusado de "fiel guardião" da Lenda do Boi, pelo delirante deputado Jair Bolsonaro, quando chefiou por 4 anos a Polícia Federal transformou a instituição. A PF, na sua gestão, partiu para um modelo de inteligência onde o grampo telefônico era a peça principal. O seu modus operandi sempre foi avalizado pela Justiça. Para Lacerda onde tem crime organizado "tem agente público no meio. De policial a magistrado". Nunca a PF foi tão eficiente para prender criminosos de colarinho branco como em sua gestão. Prendeu mais de 7 mil empresários, políticos, lobistas, advogados e funcionários públicos envolvidos com todo o tipo de robalheira de dinheiro público. Agora está afastado da Abin. Mexeu com gente grossa. Após a prisão do poderoso Daniel Dantas, que dizem ter todo o mundo na folha de pagamento, a histeria das elites foi geral. Acabaram as prisões com algemas, para bacana é claro, e por tabela as prisões de gente fina vão diminuir bastante. O delegado Lacerda foi longe demais. Mexeu com gente poderosa. E aí, quem está a soldo deste pessoal não tem o mínimo escrúpulo de sair em defesa deles. Deu no que deu. O Lacerda está fora. Quem indicará o próximo diretor da Abin?
02 setembro 2008
Quem pode mais chora menos...
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