04 outubro 2008

Por Florianópolis contra os negociantes


Cheguei em Florianópolis no verão de 1976. Cheguei à noite pela ponte Hercílio LuzNo outro dia de manhã, desci do prédio onde estava hospedado e saí na Av. Hercílio Luz. Tinha um vento estranho, pra mim, mas era uma manhã de sol. Fiquei encantado com o vento e com a cidade. Decidi na hora que morariu aqui. Não voltei mais a Porto alegre nem para pegar as minhas coisas. Fiz vestibular na UFSC e meu primeiro emprego foi como intérprete de espanhol no Florianópolis Palace Hotel (Floph). Depois disso trabalhei como projetista com o arquiteto André Schmidt e com os uruguaios que fizeram o projeto da Rodoviária Rita Maria. Militei no movimento estudantil, fui editor de telejornalismo da RBS, repórter no jornal O estado e depois fundei o jornal Afinal. Sempre amei e admirei esta cidade. Acompanhei o seu boom imobiliário e o seu crescimento desordenado pautado pelos grandes empreiteiros macomunado com os maus políticos negociantes. Desses ainda existem remanscentes. Tenho quatro filhos nascidos e criados aqui. Sempre participei politicamente na defesa desta cidade. Amanhã estarei, mais uma vez, na luta contra os vendilhões do templo, os arrivistas, os negociantes de licenças ambientais, os corruptos e os maus empresários que em nome de criar empregos e trazer o progresso estão destruindo a nossa cidade. Nossa sim, embora nascido na fronteira com o Uruguay, me sinto um florianopolitano. Amanhã voto a favor de Florianópolis.

2 comentários:

  1. Canga,

    Sobre pesquisa, assistindo ao JN, da globo, hoje (4/10), percebi duas coisas interessantes para serem comparadas com as pesquisas aqui de SC - Blu, Joi e Capital. Eram pesquisas de intenção de voto para quase todas as capitais. 1: a margem de erro do Ibope e sempre 50% ou 100% maior do que a do DataFolha; 2. o percentual de indecisos e de não sabe/não respondeu, em nenhuma cidade, foi maior do que 8% - 4% + 4%. Aqui, temos 14% na Capital; 13,2% em Blu e 15,2% em Joi. É mole ou quer mais?

    Abs

    Cesar Laus

    PS. madei cópia pro Damião e Valente. Não sei quem tá acordado.

    Abs

    Cesar Laus

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  2. Canga
    Tu como tantos que adotaram Florianópolis como Mãe, Ilha Mãe que esta cidade é (Carlão, Mauro e tantos outros) têm, sim e por óbvio, o direito e a liberdade da crítica, da contribuição que alguns bastardos não lhe (à Ilha) dão. E, falo como Mmané 'legítimo', nascido na São Sebastião e criado até os 12 anos no Estreito, Mané Tripeiro que aprendeu a nadar na beira-mar, no Cagão, Coqueiros, Ponta de Baixo ..s que soltou pipa e barrelote, cortou os ‘pé’ nas ostras, pescou de puça etc... Que comeu caju nas ruas de Canasvieiras e que pra pegar onda pedalava uns bons Kms até embaixo da subida da trilha da Brava (isso quando não quebrava Ponta das Canas, é sim, naquele tempo dava altas direitas ali, não só no Lambe-Lambe - tem uma foto do Filomeno ali histórica). Ingleses acabava aonde se chega ao restaurante do Doquinha. Santinho era um paraíso de garotas lindas (e gostosas, desculpem as barangas puristas), gente bonita, de ondas, de uma santa ingenuidade própria da idade e de uma santa malandragem própria da beira do mar, do horizonte infinito. Esta cidade morreu, e por um cais prostituto recebe e abriga todo o tipo de canalha, todo tipo de escroque, todo o tipo de mau malandro que se deixa ficar. A longa manus da sacanagem que enterra a mão na cumbuca do nosso suado dinheiro que vira público pela Tungada do Leão e espeta sem vaselina nosso dia-a-dia. Saudações indignadas, Paulão. LesPaul Corvette – maisbarulho.blogspot.com

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