Interessante esta briga que tá rolando entre os poderes do estado sobre se torturador foi anistiado ou tortura é crime "imprescritível". Mas o mais interessante são os assuntos que vem sendo levantados na esteira das investigações. Histórias que parecem saidas de filmes de espionagem, impensáveis para os comun mortais, surgem com depoimentos, documentos e outras marcas deixadas pela guerra subterrânea que aconteceu na América Latina. Em 1980, em plena abertura democrática no Brasil, grupos de militares argentinos agiam livremente no nosso país, prendendo, torturando e desaparecendo com militantes de esquerda com pleno apoio do exército brasileiro. É o caso do casal argentino Horácio Campiglia e Mônica Binstock presos no Galeão, no Rio de Janeiro. Existe hoje uma pressão internacional para punição de torturadores brasileiros. Em junho deste ano o Ministério Público federal entrou com representações em São Paulo, Rio de Janeiro e Uruguaiana (RS) pedindo a apuração de crimes cometidos durante a ditadura militar. Por incrível que pareça, somente em 1985 o "aparato de inteligência" do exército foi desmontado pelo general Leônidas Pires Gonçalves. Até então esses grupos clandestinos do exército continuavama atuando ao arrepio da lei. Sequestraram, torturaram e mataram. São defendidos hoje por seus pares, é claro, e por formadores de opinião, os direitinha histéricos - como são conhecidos nos meios blogueiros - que, no período da ditadura, ou calaram ou participaram das sessões de primitivismo batendo em gente amarrada. A covardia é a pior das atitudes. O covarde só age quando se encontra seguro. Aí é fácil!
"Pecar pelo silêncio, quando se deveria protestar, transforma homens em covardes." (Abraham Lincoln)
02 novembro 2008
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