Recebi do leitor JB da Trindade, (o João Batista), um desabafo sobre a "lambança" das audiências públicas que devem discutir os projetos para a cidade que o prefeito e sua Camarilha tentaram enfiar de afogadilho na população. O e-mail é direcionado ao Cacau, mas ele acabou mandando para todos os blogs. então onde está escrito Cacau, leia-se Canga:
"Caro Cacau, você que é um defensor dessa Ilha maravilhosa e nossa querida Capital do Estado poderia questionar bem mais alto que este outro Manezinho que aqui vos escreve.
É inquestionável a dificuldade de reunir a Sociedade Florianopolitana em pleno verão, num período do ano em que setores produtivos, profissionais e grande parte da população interessada em nosso desenvolvimento equilibrado estão inteiramente dedicados à satisfação de demandas turísticas, motor de nossa economia. Sim Cacau, parece inacreditável imaginar que os governantes não sabiam disso...
Pergunto então: Será muito apelar para a sensibilidade dos senhores vereadores, sr. prefeito Dário e seu vice, para terem “coragem” de (re)propor as audiências públicas em locais e horários acessíveis à maioria da população?
Estamos presenciando audiências públicas em condições de improviso para não dizer inexistência de estrutura de apoio técnico para esclarecer e responder as inúmeras perguntas da população que ficaram e pelo jeito continuarão a ficar sem respostas...
Ao julgar pela condução das audiências públicas de ontem tudo indica que hoje não será diferente.
Ontem, a audiência pública sobre a área da Penitenciária - que aconteceu às 15hs de uma tarde quente na OAB – não contava nem sequer com um ventilador para aliviar o calor em nem com um simples telão para apresentar o projeto da Prefeitura e do Estado.
Acredite Cacau, foi tudo no cuspe e na cara dura.
Quanto a audiência pública da noite, dito “Defeso“, ocorreu no mesmo clima de improviso. Outra vez esqueceram os mapas da área do Itacorbi e contava apenas com a presença de um secretário municipal, que admitiu ingenuamente que nem no site da prefeitura estava disponível o tal mapa da Bacia do Itacorbi, o qual se tratava a audiência pública.
Este é um resumo do absurdo que estão sendo estas audiências públicas em Florianópolis!
Realmente parece que começou mal este novo governo! Pergunte para qualquer amarelo destes que lá esteve naquela tarde e noite quentes, se a maioria das indagações da sociedade tiveram respostas?
Você não acha que a Sociedade de Florianópolis merece mais respeito no seu fórum privilegiado que são as audiências públicas?
Espero que isso nunca mais se repita em nossa cidade e nem tampouco sirva de “exemplo” para o restante do Estado.
Cacau me despeço na esperança que alguém em Santa Catarina ouça o desabafo deste amarelo e faça alguma coisa para garantir os direitos dos cidadãos que desejam defender a nossa linda cidade!"
Um forte abraço
Batista ( ou JB da Trindade)
Não sou Catarinense, mas vivo nestes pagos desde 1980. Apesar dos pesares e dos erros, não é nada diferente do que o resto do Brasil. Estamos mal de alcaides, subalternos e cretinos-políticos. Precisamos resolver como antigamente se fazia no Rio Grande, hoje, nem lá se faz isso. Resolver na bala e no relho. Troca-se a putada e manda-se os vagabundos pra degola.
ResponderExcluirEstive presente na Audiência Pública na Sede da OAB-SC, ocorrida às 15 horas do dia 29/01/2009 (uma tarde quente de verão), e como cidadão florianopolitano e profissional da área (Arquiteto e Urbanista), não gostei nem um pouco do que vi e ouvi.
ResponderExcluirEnquanto de um lado não se buscou apresentar e explorar qualquer material (mapas, plantas, projetos, etc.) que embasasse e auxiliasse as discussões que se seguiriam (papel tanto do Governo Municipal quanto do Governo Estadual) acerca da área da Penitenciária (42 hectares encravados em uma excelente localização da cidade de Florianópolis), de outro buscou-se, de forma falaciosa, desviar o foco da sessão. O despreparo de todos que estavam postos à mesa ficou, ao menos para mim, evidente; Vereadores e Secretários de Estado, enquanto autoridades, deveriam se portar ao menos como Autoridades, fazendo-se respeitar pelas boas práticas, idéias e maneiras, e não pelo respeito exigido, pelo dedo em riste ou nariz empinado, ou ainda pelo discurso demagógico (porque eu sou da periferia, disse um, porque eu sou manezinho, disse outro, porque eu sou filho de não sei quem, disse ainda um outro!).
Não fui até à Sede da OAB-SC para ouvir falácias (1), para isto existem os botequins. Enquanto cidadão e técnico fui até lá para discutir, debater, na expectativa de contribuir no aperfeiçoamento de um projeto que envolve interesses de vários segmentos da sociedade de Florianópolis, seja do movimento comunitário, seja dos empresários da construção civil, seja do cidadão comum
Entendo que assim como vai, vai mal, é preciso que as partes envolvidas, sobretudo, os Governos Municipal e Estadual encaminhem as Audiências Públicas de uma outra maneira, com um outro método e, sobretudo, a partir de um novo calendário. Com a esperança de que o que presenciei na tarde do dia 29/01 não seja um fato comum aos demais Municípios de Santa Catarina, evoco o Ministério Público do Estado e encerro minhas considerações.
(1) Uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, inválido, ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso. Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade emocional, íntima, psicológica ou emotiva, mas não validade lógica. (Para saber mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fal%C3%A1cia)