Peemedebista histórico, o senador Pedro Simon (RS) está contrariado com a decisão do partido de apoiar o projeto que cria uma janela para a infidelidade partidária. Considera “casuísmo” a tentativa de aprovar o texto, apresentado depois que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, em julgamento ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), punir com a perda de mandato os parlamentares que trocam de legenda. “Não há dúvida de que o tribunal avançou, entrando na orla do Congresso. Mas também não há dúvida de que o Legislativo não tem autoridade para falar, porque a Constituição existe há 20 anos e não temos coragem de fazer nada. O Congresso não legisla. No vácuo, veio o Supremo e agiu.”
Integrante de uma bancada famosa por receber infiéis, Simon também diz que a proposta em tramitação na Câmara alimenta o fisiologismo. Classifica-a de “imoral”. Primeiro, porque estimula a migração de congressistas para legendas que têm perspectiva de poder. Segundo, pois favorece a movimentação de parlamentares que mudam de camisa segundo as perspectivas de receber mais benesses do Planalto. “O Brasil tem partido de aluguel que não acaba mais. É triste como não há no mundo país onde os partidos são mais humilhados e mais ridicularizados. O único que tem lugar na história do Brasil é o MDB, porque comandou o processo que derrubou a ditadura, sem guerra, com o povo na rua. Agora, o pobre PMDB de hoje não é digno da sua história.”
Segundo Simon, a aprovação da janela piorará a imagem do Congresso. E a culpa, destaca, será dos caciques partidários. “Na política brasileira, há uma imensa maioria de gente muito séria. Mas, lamentavelmente, são os anônimos.
Os que agem e os que funcionam são minoria. Se você reparar, nessa minoria estão os líderes, os presidentes dos partidos, as pessoas que estão na coordenação e no comando das questões. Esse tipo de cláusula avança e aquilo que a imensa maioria defende, na dignidade, não passa.” (Do Correio Brasiliense).
16 novembro 2008
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Canga,
ResponderExcluirCansei de ouvir louvores a uma falácia denominada Pedro Simon.
Sem contestar as causas que ele defense, por serem justas, na maioria das vezes as defende por mera sobrevivência.
Não esqueçamos de sua luta pela eleição do Paulo Afonso, em palanque catarinense.
Não esqueçamos seu silêncio sobre o desempenho de seu partidário/conterrânio Padilha no Ministério de FHC (alguém ouvio alguma crítica enderaçada ao Padilha deste que foi um dos maiores críticos daquele governo?)
Alguém viu seu desempenho em plenário contra o Collor, dando-lhe todos os apartes e concordando?
Simon é dono de teses éticas sem resultados!
Um covarde que se alimenta de sua covardia histórica (Quem não sabe de seu abandono ao Brizola?).
Fico por aqui, pois enoja-me o cinismo deste falso puritano. Qual o resultado de seu governo no RS?
Como diria um grande político catarinense: dois braços a vagar por uma causa! Que eu completaria; a minha causa!